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ONDE USAR E COMO COMBINAR

 

Os arquitetos Bruno Moraes e Pietro Terlizzi explicam as características de cada um deles, para quais ambientes são mais adequados e como não errar no décor


O cimento queimado, o concreto aparente e os tijolinhos – materiais característicos de projetos mais rústicos e industriais –, se tornaram tendência e hoje integram ambientes de diversos estilos. No mercado há diversas opções de texturas e revestimentos que reproduzem a aparência deles com fidelidade. Os arquitetos Bruno Moraes, do escritório Bruno Moraes Arquitetura, e Pietro Terlizzi, do escritório Pietro Terlizzi Arquitetura, falam sobre as características de cada um dos três.

 

          Cimento queimado

 

As paredes da área da churrasqueira e do hall de entrada foram pintadas com textura padrão cimento queimado. Projeto: Pietro Terlizzi Arquitetura (Foto: Guilherme Pucci)


O cimento queimado foi criado para se obter um piso liso, nivelado e de boa aparência. Além disso, conta com a vantagem de um custo baixo, execução prática e durabilidade. “Ele dá um aspecto rústico e moderno para os ambientes e combina com praticamente tudo, por isso sua versatilidade e popularidade nos projetos”, comenta o arquiteto Pietro Terlizzi.

Com as texturas que imitam o material, é possível criar o efeito do cimento queimado também em paredes e tetos, inclusive em versões coloridas. Com diversas opções, os porcelanatos não deixam nada a perder para quem busca o mesmo efeito e se revelam com uma boa alternativa para desenhos ou tons diferentes do original. Além disso, proporciona uma aplicação mais limpa e, como a metragem das peças é pequena, os rejuntes já atuam como juntas de dilatação.

Apesar de ser um coringa, o cimento queimado não é indicado para áreas molhadas, como ao redor de piscinas. “Já as texturas de cimento queimado podem ser aplicadas em qualquer ambiente, inclusive áreas externas, desde que seja usada a correta com a aplicação de resina”, explica Pietro.

Ao executar o piso de cimento queimado em áreas grandes, é recomendado deixar algumas juntas de dilatação para evitar o surgimento de trincas e fissuras no futuro. No caso das texturas, a superfície que vai recebê-la deve estar bem fixa e estruturada, assim como estar livre de umidade ou vazamentos.

Quando o efeito de cimento é feito no teto, o ideal é optar por unificar a iluminação em um tom mais sóbrio. “O forro de cimento queimado pede simplicidade e unidade. Nada muito pesado e adornado, como grandes lustres ou luminárias com muitas cores”, aconselha o arquiteto Bruno Moraes.

 

          Concreto aparente

 

No teto de toda a área social do apartamento, foi aplicada uma textura com efeito de concreto aparente. Projeto: Bruno Moraes Arquitetura (Foto: Luís Gomes)


O concreto necessita de pouca manutenção, tem uma superfície resistente e, graças ao seu acabamento característico, marca presença em projetos de estilo brutalista e urbano.

“Para deixar o concreto aparente, caso já exista uma laje ou pilar do material, basta lixar, tirando a pintura e a massa corrida até chegar ao concreto bruto”, explica Bruno. Para proteger sem alterar sua cor natural, o arquiteto aconselha utilizar uma máquina para lixar e depois aplicar uma seladora incolor e fosca sobre o concreto. Para as texturas que imitam o material, a recomendação é seguir exatamente as instruções do fabricante, que variam de um produto para outro.

Na hora de decorar, é possível combinar diversas cores com o tom neutro do concreto, evitando apenas as muito escuras para não encolher o espaço. Texturas como madeira, metal, tijolo e de certas pedras e marmoraria formam composições harmônicas tanto com o concreto quanto com o cimento queimado.

 

          Tijolo aparente e bricks

 

Para o efeito tijolinho, o brick da Lepri, aplicado na parede da entrada, contribui para a sensação de acolhimento no apê. Projeto: Bruno Moraes Arquitetura (Foto: Luis Gomes)


O tijolo é um material que traz aconchego aos ambientes e cabe em diversos estilos, desde o mais clássico até o mais moderno. Sua versatilidade é confirmada pela presença em diferentes espaços da casa, como salas, quartos, varandas e churrasqueiras.

Mas há algumas restrições: tijolinhos de barro não são indicados para áreas molhadas, como banheiros, áreas de serviço e cozinhas. Ao entrar em contato com a água e produtos de limpeza, o material pode perder sua tonalidade original. Por causa de sua consistência arenosa, também não se recomenda paredes de tijolo em ambientes expostos a batidas ou umidade, pois o material pode ‘esfarelar’ e tende a absorver água com facilidade.

 

Projeto: Pietro Terlizzi Arquitetura (Foto: Guilherme Pucci)


Os revestimentos que imitam o tijolo aparente permitem obter a mesma aparência de quando se descasca uma parede.  “Com o uso estrutural cada vez menor dos tijolos em detrimento dos blocos, o mercado desenvolveu revestimento com a mesma aparência dos queridos tijolinhos”, explica Pietro. A parede que vai receber o revestimento precisa estar seca, nivelada e porosa para que a argamassa se fixe com mais facilidade.

O tijolo aparente tem potencial para fazer combinações com materiais como a madeira e com cores mais claras, criando certo contraste com a sua textura rugosa. “Pensando nas combinações com os bricks, é interessante ter em mente materiais como madeira, cimento queimado, metal e alguns porcelanatos”, aconselha Bruno. Como os revestimentos que imitam os tijolos oferecem uma grande variedade de texturas e cores, é mais fácil escolher aquele que fique harmônico com o projeto e o resto dos materiais.

 

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Fontes:

 

dc33 Comunicação

Gabriela Fachin

atendimento@dc33.com.br

 

Bruno Moraes Arquitetura

www.brunomoraesarquitetura.com.br

@brunomoraesarquitetura

 

Pietro Terlizzi Arquitetura e Design

pietroterlizzi.com.br

@pietro_terlizzi_arquitetura

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