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As plantas são uma excelente opção de contato mais próximo com a natureza e muito bem vindas aos projetos de decoração, onde emprestam aos ambientes a beleza de suas cores e formas representadas nas suas flores e folhas.

Principalmente nos grandes centros, devido ao crescimento populacional, os terrenos e áreas estão ficando escassos e a verticalização das edificações é a solução encontrada. Além disto, o concreto e o asfalto impermeabilizam os solos diminuindo áreas verdes significativas para a qualidade de vida das pessoas.  


                Cidade de São Paulo - Brasil


O jardim vertical ou “parede viva” é uma opção para trazer um pouco da natureza para qualquer ambiente, agregando a tranquilidade e o frescor do verde ao nosso dia a dia.


          Escritório em Hong Kong

 

Essas paredes vivas podem ser montadas nas fachadas de prédios, varandas, salas, banheiros, quartos e até mesmo nas cozinhas. Além de um belo impacto visual, esse revestimento vegetal funciona como isolante térmico, isolante acústico, purifica o ar, diminuem os efeitos da emissão de carbono e emprestam aos ambientes externos ou internos, a beleza das cores e formas das plantas utilizadas.

 

          Fachada de prédio comercial em Paris - França

 

O primeiro indício de paisagismo vertical planejado da história, foram os jardins suspensos da Babilônia, construídos em 450 a.C. pelo rei Nabucodonossor, na região a leste do rio Eufrates, (atualmente Iraque) em homenagem a sua esposa Amyitis, que era natural de uma região montanhosa, com pastagens e vegetação variada, e que não se acostumava com a paisagem plana e desértica de sua atual morada.

 

          Jardins Suspensos da Babilônia - Por Ferdinand Knab (1886) 


Com o intuito de recriar a paisagem natal de sua amada, o rei construiu uma montanha artificial revestida por jardins, apesar do nome dado a essa obra ao longo da história tenha sido Jardins Suspensos, a vegetação do mesmo era cultivada em terraços. A construção que abrigava os jardins era feita de alvenaria com tijolos de argila, não muito resistentes à água, o que era um problema, pois os jardins precisavam de uma irrigação constante. Para solucionar essa questão, os babilônicos desenvolveram uma impermeabilização feita com um tipo de piche, para ser aplicada na estrutura, garantindo que os tijolos de barro cozido não fossem afetados pela água.

Os jardins suspensos da Babilônia são considerados os precursores dos jardins verticais, devido ao visual assumido à distância, ser semelhante ao que encontramos no paisagismo vertical da atualidade, além do seu sistema ser modelo para a criação dos processos de plantio e irrigação atuais.

 

          Xilogravura dos Jardins Suspensos da Babilônia (Séc. XIX)  - Por Sidney Barclay

 

Com o crescimento pela busca por sustentabilidade no mundo, os jardins verticais são uma excelente forma de trazer de volta, um pouco da natureza que destruímos, para as paredes cinzas dos centros urbanos.

 

          Antigo paredão de fábrica em Madrid (Espanha) que foi remodelado dando contraste com o espaço sóbrio a sua                 volta. Foto Alfredo Sánchez Romero

 

O botânico francês Patrick Blanc é considerado o pai dos jardins verticais, o precursor dessa moda, o inventor da técnica que hoje está espalhada ao redor do mundo. Ao observar as plantas que vivem em penhascos, entradas de cavernas e rochas, o botânico entendeu que a terra funciona como uma base para os vegetais, porém do que elas necessitam mesmo é de luz, água e nutrientes. Tendo como base essa observação, Patrick criou uma estrutura que é instalada nas paredes e funciona como um apoio, no qual as plantas são fixadas.

 

          Jardim Vertical por Patrick Blanc. Charlotte (EUA)

 

O francês encara as paredes onde trabalha como telas de pintura gigantes, onde o mesmo faz composições harmônicas de variadas espécies de plantas, sendo que todas são cuidadosamente escolhidas de acordo com as condições locais da obra.

A proposta de Blanc é composta por uma moldura de metal, PVC (para dar rigidez à estrutura) e uma camada de feltro, onde as raízes crescem. Contudo, com a difusão da sua técnica pelo mundo, existem hoje diversas alternativas que permitem o uso de jardins verticais nos mais variados ambientes. 

 

          Parede Viva Fundação Oncocentro de São Paulo - Brasil

 

          Detalhe de um dos sistema de irrigação encontrados em jardins verticais

 

Hoje, as paredes vivas são tendência na ambientação de casas e apartamentos, e também como uma excelente alternativa para pequenos ambientes como varandas, porém é necessário o cuidado na escolha das plantas para cada ambiente e a verificação do hábito do morador, pois esses jardins pedem cuidados de manutenção constante, como adubação e irrigação.

 

          Parede viva na sala de estar

 

A recomendação é que a instalação seja feita em locais onde haja bastante incidência de luz, natural direta ou indireta.

Várias técnicas são utilizadas para dar fixação e irrigação das plantas aos painéis, paredes ou fachadas verdes. Treliças de madeira ou de ferro podem dar sustentação aos vasinhos pendurados com ganchos ou ainda podem ser utilizados vasos pregados diretamente nas paredes, criando uma composição harmônica. 


            

          Treliça de madeira e de ferro com vasos pendurados - Garden - São Paulo - Brasil

 

Uma adaptação mais sofisticada e atualmente muito utilizada, são as paredes erguidas com blocos cerâmicos, fabricados especificamente para esta finalidade que conta inclusive com um sistema de irrigação, facilitando  a manutenção e cuidados com a parede viva.

 

          Parede verde com blocos cerâmicos - GardenWall - FEICON 2016

 

          Detalhe do bloco cerâmico com sistema de irrigação - GardenWall - FEICON 2016

 

Na cidade de São Paulo, o grupo urbano Movimento 90º, lançou um projeto para construção de oito mil metros quadrados de parques verticais, nas faces sem janelas e sem utilidade de vinte prédios próximos ao elevado Costa e Silva (minhocão), formando um corredor verde na região central da cidade.

 

                 

 

          Fotos Jardins Verticais - Elevado Costa e Silva (Minhocão) - São Paulo - Brasil

 

Mediante ao Termo de Compromisso Ambiental - TCA e por meio do decreto n° 55.994, publicado em março de 2015, a Prefeitura do Município de São Paulo decretou que deverá haver a conversão da compensação ambiental em obras e serviços, jardins verticais e coberturas verdes. Os recursos para a implantação dos jardins virão da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA). Essa medida faz parte de um conjunto de ações da Prefeitura para revitalizações de regiões da cidade.

 

          Jardim Vertical na fachada do Shopping Plaza Sul - São Paulo - Brasil

 

As paredes vivas ou jardins verticais, como item de paisagismo e design, não podem significar apenas uma tendência da arquitetura e decoração atual, mas principalmente devem ter foco direto nas questões ambientais, pois é uma das melhores formas de fortalecimento da nossa consciência ecocidadã, melhorando a qualidade de vida nas cidades e das futuras gerações, além de proporcionar um contato mais próximo com a natureza.

 

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Fonte:  wikepedia

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=281926

http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/jardinsus.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jardins_suspensos_da_Babilônia

http://www.verticalgardenpatrickblanc.com/

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